Rompendo o silêncio

É provável que essa postagem custe alguns amigos ou censura por parte da minha própria família, mas a essa altura do campeonato o que me importa é a imparcialidade dos fatos que hoje sim, para mim e possível. Digo hoje sim, porque estive durante 22 anos dentro da Igreja Universal do Reino de Deus e estou há dois anos fora.

Durante esses 22 anos, ouvi muitas críticas por parte de pastores e bispos sobre a Igreja Mundial do Poder de Deus, dentre essas críticas, o próprio bispo Macedo e bispos da alta cúpula. Confesso a vocês que eu também por algumas vezes critiquei determinados pontos da Mundial, ignorando que na IURD o sistema é praticamente o mesmo com algumas diferenças.

O que me deixou perplexo (embora não surpreso) foi ver nessa madrugada de 19/06/2016 um vídeo onde o apóstolo Valdemiro Santiago, líder da Mundial, recebeu aos “beijinhos e abraços” o senador, bispo da Universal e cunhado de Edir Macedo, Marcelo Crivella. Sim, senhoras e senhores! Se você pesquisar na internet verá inúmeras farpas trocadas entre Macedo e Valdemiro. Coisas pesadíssimas. Porém, temos aí uma união fraternal.

Não sou contra a paz, mas aí é bem óbvio um certo jogo de interesses. Para você não achar que estou falando bobagem, no vídeo abaixo, uma mulher supostamente possuída por um espírito maligno fala no altar da Universal diante do bispo Macedo que age no Valdemiro. Esse vídeo está disponível na página oficial da IURD ao lado direito (Print a seguir).

O vídeo a seguir é o vídeo do encontro entre Valdemiro e Crivella. No vídeo, entre outras falas, temos a seguinte afirmação de Crivella, após se perguntado se gostou da reunião: “Amei. Não só eu, mas todo esse povo sentiu a presença de Deus”. Ué, no vídeo acima que está em destaque na página da IURD é o diabo quem manipula Valdemiro e o Crivella diz que sentiu a presença de Deus? Alguém está errado, não acha?

Seriam as pessoas somente “peões” nesses “tabuleiros”? São somente fatos. Cada um faça o que achar melhor com as evidências. Não são achismos, somente uma observação de uma pessoa que esteve na IURD por 22 anos e presenciou inimizades acontecerem porque uma pessoa da Universal saiu para Mundial.

Não no sentido de querer me isentar, porém, apesar de ter saído da IURD, ainda hoje consigo conversar numa boa com pessoas de lá. Parte da minha família ainda está lá. Então não vejo como desculpa discordar de opiniões para agredir pessoas.